Belém antes e depois Fotojornalista e documentarista Ray Nonato registrar as transformações da capital paraense

“Algumas dessas imagens são pouco conhecidas do público e muito diferentes daquelas amplamente divulgadas na internet. Muitas foram extraídas de cartões postais datados de mais de um século”, explica Ray, que também é documentarista e diretor de fotografia. Ao longo de quase 30 anos catalogando esses registros históricos, o fotojornalista busca despertar no público a reflexão sobre a preservação de casarões, museus e outros patrimônios históricos da cidade.

O projeto reúne locais que ainda existem e outros que desapareceram com o tempo, instigando uma pergunta essencial: Belém ainda é a mesma? “Devemos conservar nossa história e preservar as belezas que tornam nossa cidade única”, ressalta Ray.

Com mais de 30 exposições realizadas em diversos espaços de Belém, no Estado, no Brasil e no mundo, o sonho do fotojornalista agora é transformar esse trabalho em um fotolivro. A publicação reuniria registros históricos e contemporâneos, documentando de forma física as transformações da cidade. Para isso, ele espera contar com o apoio de empresas e secretarias do Estado que possam patrocinar o projeto, previsto para 2026.

“Que bom que vai ser nos 410 anos da nossa capital e parabéns aos 409 anos dessa nossa belíssima capital da Amazônia inicialmente, Feliz Lusitânia. Com o tempo foi recebendo outros nomes como Santa Maria do Grão Pará, Santa Maria de Belém do Grão Pará e finalmente Belém do Pará”.

Ao longo de sua carreira, Ray Nonato acumulou prêmios por sua dedicação ao fotojornalismo nas áreas de cultura, turismo, esporte e política, destacando sua trajetória desde os registros em preto e branco até os dias de hoje.

“Ter documentado essa evolução e, agora, ver Belém sediando a COP 30, é motivo de orgulho. É uma oportunidade de valorizar ainda mais nossa cidade e seu papel no cenário global”, conclui o fotojornalista”, comenta.

Texto: Guilherme Braga Fotos de reprodução e fotos: Ray Nonato