Nesta quinta-feira, o presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) deixou clara a preocupação com a quantidade de palavrões usados pelos pilotos durante as corridas de F1. Segundo Mohammed Ben Sulayem, mudanças no comportamento dos atletas precisam ser feitas, e é preciso “diferenciar o automobilismo da música rap”.
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Palavrões já são censurados pela F1, mas o presidente da FIA, Ben Sulayem, quer ir além. O dirigente afirmou que medidas serão tomadas para diminuir a quantidade de palavras de baixo calão utilizadas pelos pilotos.
Ben Sulayem mostrou sua indignação com o comportamento recente de pilotos da Fórmula 1. Em entrevista ao Motorsport, o dirigente comparou o automobilismo com o rap, estilo musical. Segundo o presidente da FIA, é preciso diferenciar as duas coisas principalmente em relação ao uso de palavrões.
– Quero dizer, temos que diferenciar entre nosso esporte, o automobilismo, e música rap. Nós não somos rappers, sabia? Eles dizem a palavra com F (palavrão em inglês) quantas vezes por minuto? Não estamos nisso – reclamou Ben Sulayem.
– Eu sei. Eu era um piloto. No calor do momento, quando você acha que está chateado porque outro motorista veio até você e te empurrou. Temos que ter cuidado com nossa conduta. Precisamos ser pessoas responsáveis.,
Ben Sulayem afirmou que a FIA já foi feita uma solicitação à FOM (Formula One Group, que gera a F1) para que a comunicação de linguagem de baixo calão seja diminuída na categoria.
– Agora com a tecnologia, tudo está indo ao vivo e tudo vai ser gravado. No final do dia, temos que estudar isso para ver: minimizamos o que está sendo dito publicamente? Imagine que você está sentado com seus filhos assistindo à corrida e então alguém está dizendo toda essa linguagem suja. Quero dizer, o que seus filhos ou netos diriam? O que você ensinaria a eles se esse fosse seu esporte?
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– Somos nós (FIA) que realmente aprovamos mais conversas (de rádio nas transmissões). Mas temos regras, e as regras estão lá para o benefício do esporte e as regras estão lá para serem policiadas e respeitadas também.
Em dezembro de 2022, a FIA atualizou seu Código Esportivo Internacional para 2023 e incluiu uma regra que proíbe “posicionamentos políticos, religiosos e pessoais” dos pilotos – salvo casos em que haja autorização prévia. Segundo o presidente da entidade, a mudança é para evitar que o automobilismo torne-se um meio para a exposição de “compromissos pessoais privados”. A medida é justificada, ainda segundo o próprio artigo, pelo príncipio geral de neutralidade da entidade.